Ter mamas de maior volume é um desejo natural entre mulheres portadoras de mamas pequenas ou inexistente, de mamas significantemente diferentes em forma e em volume, e mesmo naquelas que têm as mamas pequenas e caídas em função da lactação ou da idade. O aumento do volume mamário recompõe as proporções do tronco com o quadril e oferece certa tranqüilidade psicológica, pela melhoria da imagem.

  • QUEM É CANDIDATA À CIRURGIA DE AUMENTO DE MAMAS

    Uma ou mais das condições descritas a seguir podem qualificar uma mulher para cirurgia de aumento de mamas:

    • A mulher sente-se infeliz por ter mamas pequenas.
    • As roupas que se acomodam bem no quadril ficam largas na linha do busto.
    • A mulher encontra dificuldade na compra de trajes de banho, por haver evidente desproporção entre a parte superior e a inferior.
    • As mamas tornaram-se flácidas, caídas e pequenas após um ou vários períodos de amamentação.
    • Acentuada perda de peso determinou também diminuição, flacidez ou queda das mamas.
    • Uma mama é acentuadamente menor que a outra, combinando ou não esse fator com problemas de flacidez e queda de mamas.

    A mamoplastia de aumento pode ser realizada em qualquer idade, após o desenvolvimento completo das mamas. Uma candidata a esse tipo de cirurgia deve estar emocionalmente madura e conhecer todos os prós e contras que a cirurgia oferece.

  • AVALIAÇÃO PARA A MAMOPLASTIA DE AUMENTO

    A paciente deve ir à primeira consulta preparada para responder a várias perguntas sobre sua saúde, incluindo doenças e cirurgias a que se submeteu no passado, reações alérgicas e a anestésicos, condições de controle das mamas com o ginecologista, etc. É importante relatar se pretende perder mais de cinco quilos ou se pretende ainda ter filhos.
    Casos de câncer de mama na família, combinados ou não com displasia de alto risco, devem ser informados.

    A paciente deve discutir minunciosamente com seu médico as dimensões que gostaria de ter nas mamas. Isso definirá o tamanho das próteses a serem colocadas. Deve também entender como elas são colocadas: se abaixo do músculo ou da própria glândula. Esses esclarecimentos serão dados pelo médico, durante a consulta.

    É importante saber que não existe provas de que prótese de silicone determinem câncer nas mamas, interfiram na lactação ou não permitam a realização posterior de mamografias. Seu médico comentará esse assunto.

    Nos EUA, bem como em alguns países da Europa, o uso de próteses de silicone foi proibido, sendo por isso usada prótese contendo internamente solução salina. As vantagens e desvantagens de cada tipo de prótese serão informadas pelo médico. Na maioria dos países, inclusive no Brasil, o uso de próteses de silicone é permitido, com o aval da sociedade Brasileira de Cirurgia plástica.

    A paciente será orientada para, dias antes da cirurgia, não fumar nem fazer uso de inibidores de apetite ou drogas que contenham aspirina, pois esses medicamentos aumentam o sangramento. Deverá, por outro lado, tomar 1 grama de vitamina C por 3 a 7 dias antes da cirurgia.

  • HOSPITALIZAÇÃO, TEMPO DE CIRURGIA E ANESTESIA

    A cirurgia é do tipo ambulatorial, isto é, a paciente entra no hospital pela manhã e sai à tarde. Excepcionalmente aconselha-se passar a noite no hospital. Isso ocorre nos casos de reoperação, quando o sangramento durante a cirurgia é maior. A anestesia é do tipo peridural alta, ou geral. Durante o ato operatório haverá monitoramento controlado pela anestesia, que estará avaliando pulso, pressão, eletrocardiograma, valores de oxigênio circulante no sangue, etc. A cirurgia dura em média uma hora, devendo-se considerar mais uma hora de preparação e outra para a recuperação pós-anestésica, antes de voltar ao quarto.

  • COMO ESTARÁ PACIENTE APÓS A CIRURGIA E NOS DIAS SUBSEQUENTES

    Terminada a cirurgia e o período em que fica na área de recuperação, a paciente permanecerá no hospital as horas necessárias ou mesmo poderá passar ali a noite. Deverá ficar deitadas de costas, com a cama ligeiramente elevada, movimentando pernas e braços livremente. Caso tenha dores nas costas, ou de acordo com sua convivência, poderá deitar-se de lado.

    A paciente estará vestida com um sutiã especial de lycra, que deverá usar de acordo com as instruções do médico.

    Os pontos são internos e abaixo da pele, portanto não necessitam ser retirados. A cicatriz terá de 4 a 5 centímetros de comprimento, e estará localizada no sulco inferior da mama. Será vermelha, alta e dura por um período mínimo de 6 meses, e levará outros 6 meses para ficar com um aspecto de uma linha branca, caso a paciente tenha uma ótima cicatrização. Seu médico irá orientá-la sobre os problemas da cicatriz e também outros, como inchaço, dor, equimoses, curativos, uso do sutiã, etc.

  • O QUE SE PODE FAZER NA PRIMEIRA SEMANA APÓS A CIRURGIA

    • Dormir de lado ou de costas.
    • Manter o sutiã dia e noite, até a liberação médica.
    • Banhos de chuveiro a partir do terceiro dia, ou de acordo com a orientação recebida.
    • Retomar a atividade profissional após o terceiro dia, desde que não exija esforço físico de qualquer natureza.
    • Massagear as mamas a partir do terceiro dia, de acordo com as orientações recebidas.
    • Dirigir a partir do 5º dia.

    Movimentos de deitar-se, levantar-se, pentear os cabelos, vestir roupas (mesmo pela cabeça) e higiene pessoal estão liberados logo no dia seguinte ao da cirurgia.

  • O QUE SE PODE FAZER E O QUE ACONTECERÁ APÓS A PRIMEIRA SEMANA

    • O uso de sutiã de lycra é obrigatório por 2 semanas; após esse período pode ser substituído pelo sutiã normal.
    • Retorno às atividades habituais.
    • Após a terceira semana podem ser retomadas as caminhadas, a esteira e a bicicleta. Esportes mais vigorosos, como musculação, tênis, hipismo, etc., após a quarta semana e de acordo com a orientação médica.
    • Após 1 semana pode ser reiniciada a atividade sexual, mas os cuidados com as mamas devem ser observados pelo menos por um mês.
    • Massagem nas mamas devem continuar, de acordo com a orientação recebida.
    • Após 3 semanas ficam liberados os banhos de sol, de piscina e de mar.
    • Por 1 ou 2 semanas as mamas poderão estar doloridas, mas essa sensação irá diminuir gradativamente, até desaparecer. A paciente deve comunicar ao médico alterações de qualquer natureza, caso venham a ocorrer nesse período.
    • A diminuição do inchaço se estabilizará após o primeiro mês.
    • Nos casos de cirurgia combinada de prótese e mastopexia ( modelagem das mamas com elevação de aréolas e mamilos , haverá uma cicatriz em forma de L ou de um T invertido e ao redor da aréola, cujos pontos serão retirados no quinto dia do pós-operatório. A rotina de volta às atividades habituais, profissionais e esportivas será diferente daquela indicada quando houver somente a inclusão de prótese. Nesse caso, a recuperação e os cuidados serão semelhantes aos indicados para a mamoplastia de redução e / ou mastopexia. O médico dará as devidas instruções.

  • FORMAÇÃO DE CÁPSULA FIBROSA

    Nosso organismo reage de maneira similar no sentido de expulsar qualquer material estranho nele introduzido. Não podendo fazê-lo com a prótese, o corpo cria uma cápsula fibrosa, para isolá-la completamente do seu contato. Todas as próteses são, desta forma, recobertas com cápsulas de diferentes espessuras após poucas semanas, após meses e mesmo anos. Não há data para o processo iniciar-se. Ambas ficam duras, podendo ocorrer também a formação de uma cápsula fina, não perceptível ao tato, numa mama, e espessa na outra, dando-lhe um aspecto artificial, às vezes causando dor e deixando as mamas assimétricas e ante esteticamente posicionada.

    Nos casos em que as mamas estejam caídas (aréolas e mamilos voltados para baixo) normalmente realiza-se uma cirurgia combinada, para elevar o complexo aréolo-mamilar, colocando-o na posição correta e, ao mesmo tempo, inserir a prótese que aumentará o volume das mamas.

    Algumas mulheres com implantes mamários relatam problemas de doenças auto-imunes, porém mulheres sem implantes também podem apresentar tais problemas. Os últimos estudos sobre o assunto registram não haver aumento significativo dessas doenças com o uso de prótese de silicone.

  • INTERCORRÊNCIAS E RISCOS DE COMPLICAÇÃO

    As intercorrências e as complicações que potencialmente poderão advir serão explicadas em minúcias durante a consulta médica. Complicações imediatas, felizmente raríssima, são as reações anestésicas, o acumulo de sangue (hematoma) dentro da mama, que exige drenagem cirúrgica imediata, e a infecção. Esta pode ocorrer tardiamente, meses após a cirurgia. É possivelmente ocasionada por um êmbolo séptico (bacteriano) procedente do próprio corpo da paciente, que, ao cair na circulação sanguínea, atinge a prótese, determinando sua infecção.

    São consideradas intercorrências a formação de cápsula fibrosa ao redor das próteses nos seus variados graus, a rutura tardia da prótese, a atrofia da glândula mamaria e do tecido gorduroso adjacente em face de compressão continuada da prótese nesses tecidos e a ptose (queda) das mamas com o passar dos anos. Essas e outras intercorrências mais raras serão explicadas pelo seu médico.

  • EVOLUÇÃO A LONGO PRAZO

    A mastoplastia de aumento não é para toda a vida. Ocorrem alterações de forma e volume em função das alterações cicatriciais por parte do corpo em torno das próteses. Pode haver a necessidade de novas cirurgias para tentar resolver o problema da cápsula que envolve as próteses, e até mesmo para sua retirada definitiva após alguns anos de uso. Existe a possibilidade de troca de próteses das outras de maior ou de menor volume. Enfim, é preciso estar psicologicamente preparada para acontecimentos que não dependem do ato operatório realizado e sim das condições como o orgasmo “briga” com o corpo estranho que é a prótese. É preciso lembrar que, embora sendo o que de melhor existe para esse fim a prótese não é ainda a melhor coisa para o nosso corpo.

    Como as demais cirurgias estéticas, esta operação não recebe os benefícios do seguro-saúde. A paciente deverá arcar com todos os gastos. Não serão cobrados honorários por qualquer ato que implique a intervenção do médico e equipe no prazo de um ano após a cirurgia (troca de prótese, rutura manual ou cirúrgica da cápsula fibrosa sob anestesia geral, etc.), porém os gastos hospitalares e a compra de novas próteses correrão por conta da paciente. Decorrido 1 ano da cirurgia, os honorários passarão a ser cobrados normalmente. Mais orientações serão dadas pelo seu médico.